segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Da economia verde, @s indignad@s e os fóruns sociais

Esther Vivas

A defesa dos bens comuns, os ecosistemas e a biodiversidade é hoje um dos temas mais importantes na agenda dos movimentos sociais na América Latina e isto é precisamente o que está em jogo na Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Río+20, que terá lugar em junho de 2012 no Rio de Janeiro. O Fórum Social Temático 'Crise capitalista, justiça social e ambiental', encerrado no domingo passado dia 29 em Porto Alegre (Brasil), sirviu para estabelecer as bases para a mobilização social frente a esta reunião chave.

A ofensiva do capitalismo, via economia verde, para privatizar todos os âmbitos da vida e da natureza se intensifica. E em um contexto de crise econômica como o atual, uma das estratégias do capital para recuperar a taxa de lucros se baseia na mercantilização dos ecosistemas. Dessa forma, se apresentam as novas tecnologías (nanotecnologia, agrocombustíveis, geo-engenharia, transgênicos...) como a alternativa a crise climática quando estas não fazem senão intensificar a crise social e ecológica que enfrentamos.

Tudo aponta para que a Cúpula do Rio +20 sirva para desobstruir o caminho das empresas para legitimar suas práticas de apropriação dos recursos naturais. Daí a importância da Cúpula dos Povos do Río+20, que se celebrará dias antes da cúpula oficial, organizada por um amplo espectro de movimentos sociais e que apresentará um programa e um caminho alternativo.